A mamoplastia redutora, ou plástica de redução das mamas, é realizada para corrigir seios grandes e caídos. Além de comprometer a aparência e resultar em constrangimento social, mamas volumosas podem trazer desconforto físico, causando dor nas costas e nos ombros, problemas posturais e erupções cutâneas em sua porção inferior.
Embora classificado como um procedimento reconstrutivo, a mamoplastia redutora tem um componente estético importante, melhorando a forma e aparência geral dos seios e deixando-os mais proporcionais ao restante do corpo.
A técnica tradicional para este procedimento produz uma cicatriz que circunda a aréola e continua para baixo em forma de T invertido. Pelas incisões, são retirados os excessos de pele, tecido glandular e gordura. Em seguida, é feito o remodelamento dos seios e o reposicionamento dos mamilos, obtendo-se uma consistência mais firme e com menor flacidez. A forma cônica e arredondada das mamas deve ser almejada. Pode ser combinada à lipoaspiração para remoção da gordura da parede torácica lateral às mamas, modelando um contorno corporal mais harmônico.
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Perguntas frequentes
〉 Qual é o tipo de anestesia?
Anestesia geral.
〉 A mamoplastia redutora e mastopexia deixam cicatrizes?
Qualquer procedimento em que haja corte da pele deixa uma cicatriz resultante final. As cicatrizes passam por algumas fases até atingirem a fase final de maturação, que ocorre normalmente com 1 ano do procedimento. No entanto, nunca podemos dar garantias quanto à qualidade das cicatrizes, pois a cicatrização depende de fatores próprios inerentes a cada paciente.
〉 Onde se localizam as cicatrizes?
Sempre existirá uma cicatriz ao redor da aréola. Na parte inferior da mama, as cicatrizes poderão ser em “T” invertido (vertical e no sulco mamário), em “I” (vertical) ou em “JL” (vertical e no sulco mamário porção lateral), de acordo com a técnica operatória empregada.
〉 As cicatrizes podem ficar muito visíveis? Por que isso acontece?
Alguns pacientes podem apresentar uma evolução menos favorável da sua cicatriz. De um modo geral, a maioria dos pacientes tem cicatrizes de boa qualidade, mas alguns fatores aumentam o risco de se desenvolver uma cicatriz hipertrófica ou queloidiana, a saber: indivíduos de pele negra; presença de cicatrizes prévias hipertróficas/queloidianas; história familiar.
〉 Em quanto tempo terei o resultado definitivo?
As "novas mamas" passam por vários períodos evolutivos, em relação à sua forma até que o resultado final seja atingido: até o 30º dia, as mamas estão firmes, inchadas, com áreas de pouca sensibilidade e cicatrizes ainda avermelhadas; até o 6º mês, costuma haver uma ligeira redução na parte superior da mama e a melhoria no contorno da mama; a partir do 6º mês ao 12º mês, é o período em que a mama atinge a sua forma definitiva (cicatriz, forma, consistência, volume, sensibilidade). O equilíbrio entre as mamas pode ser variável.
〉 Como ficarão minhas novas mamas, em relação ao tamanho e consistência?
As mamas deverão ter a consistência melhorada após a cirurgia. O tamanho será menor (na mamoplastia redutora) ou permanecerá semelhante (na mastopexia). A mastopexia não aumenta o tamanho e nem preenche significativamente a porção superior das suas mamas. Caso queira mamas maiores, mais cheias, considere combinar com a inclusão de próteses de silicone.
〉 No caso de uma gravidez, a forma obtida pode ficar prejudicada? As mamas podem "cair" novamente?
Sim. A gravidez, o ganho ou a redução de peso, a lactação e a amamentação costumam alterar, em maior ou menor grau, a forma das mamas. A ação da gravidade também faz com que haja uma queda das mamas. Um novo procedimento pode ser necessário posteriormente para corrigir estas alterações.
〉 As mamas podem crescer novamente?
Sim, isso pode ocorrer caso você ganhe peso após a cirurgia.
〉 A cirurgia pode alterar a sensibilidade das mamas?
Sim. Algumas pacientes podem apresentar aumento na sensibilidade; outras, uma redução. Estas alterações costumam ser temporárias. Alguns raros casos (menos de 1%) pode haver a perda definitiva da sensibilidade nos mamilos.
〉 A cirurgia pode atrapalhar a amamentação?
Pode (mais na mamoplastia redutora do que na mastopexia). Nos casos de mamas muito grandes, que foram reduzidas acentuadamente, a lactação e a
amamentação poderão ficar prejudicadas. Em casos de pequenas e médias reduções, a lactação e a amamentação poderão ser preservadas. Algumas
pacientes poderão apresentar diminuição na sensibilidade dos mamilos, que podem prejudicar o ato de amamentar.
〉 Quanto tempo dura a cirurgia?
O tempo varia de 3 a 4 horas, podendo ser ultrapassado em alguns casos. Entretanto, o tempo de cirurgia não deve ser confundido com o tempo de permanência no centro cirúrgico, pois esta permanência inclui a preparação anestésica e recuperação pós-operatória.
〉 O pós-operatório é doloroso?
Geralmente não. Uma mamoplastia de evolução normal não deve apresentar dor importante e costuma ser bem controlada com a utilização de analgésicos comuns e anti-inflamatórios.
〉 Quando são retirados os pontos? Terei que usar um sutiã específico?
Os pontos são retirados a partir do 7º dia e em até 21 dias. O uso do sutiã modelador é recomendado por pelo menos 30 dias.
〉 Em quanto tempo poderei tomar sol?
Deve-se evitar a exposição das cicatrizes ao sol por, no mínimo, 6 meses. Além da proteção física, deve ser usado nas cicatrizes um protetor solar com FPS > 50. As áreas atingidas pela cirurgia não devem ser expostas ao sol enquanto durarem as manchas roxas.
〉 Quando poderei retornar aos meus exercícios?
Depende do tipo de exercícios. É necessário tomar cuidado com a movimentação excessiva dos braços num período de 3 a 4 semanas. Aqueles relativos aos membros inferiores poderão ser reiniciados entre 20-30 dias, evitando-se o alto impacto. Os exercícios que envolvam o tórax geralmente devem aguardar cerca de 45 a 60 dias.
〉 Tenho medo de morrer durante uma cirurgia de prótese de mama. Há risco na cirurgia?
O risco de ocorrerem eventos adversos é parte inerente à vida, presente em qualquer atividade diária. O importante em qualquer ato cirúrgico é adotar medidas para reduzir ao máximo este risco.